Lá vem

Você dá centenas de voltas no mundo, conhece pessoas diferentes, conhece novas culturas... mas quando menos espera, lá vem um amor te fazer nascer de novo. Por que é assim o amor. Se você me perguntar como ele é, não vou te dizer. Mas se me perguntar o que ele faz, tenho mais de mil palavras pra te falar.
O amor te faz ver seu espelho sorrir pra você, te levanta 4h da madrugada e te coloca na frente de um computador pra escrever, ele faz você ir do vale mais fundo ao monte mais alto pra ver um sorriso. De repente, todas as músicas travam sua garganta e você dançar só se torna até um pouco triste. Seu corpo sente falta da tal imagem do amor e quando você menos espera, seu coração sobe pra boca. Isso acontece principalmente quando se ver a pessoa, ou em outros casos, só de lembrar da voz. O amor é uma viagem. Te faz andar pelas ruas morrendo rir, sozinho. Te faz esperar horas, dias, meses... como se passassem num segundo. Uma noite num segundo, entende?
E não cabe ciúmes, o que passar disso não é amor, é uma doença. Amor é liberdade, é uma verdade mal contada. Você pode até mentir pelo amor, mas não pra quem se ama. Quando se ama, você se dedica tão intensamente a uma pessoa e receber de volta é melhor que 20 orgasmos seguidos de um café. É impagável dançar uma música com o amor.
Ele te cega. Até as rugas da mulher ou a barriga imensa do homem se torna um chamariz pra quem ama. E pode-se até brincar com isso, por que o amor e a maturidade não combinam.
Mas as pessoas ultimamente pararam de amar pra viver um bom relacionamento. Um bom relacionamento não é necessariamente um relacionamento com amor. Exigem fidelidade, companherismo, dinheiro, status social... e amor, vira um clichê universal: "Eu te amo" e há quem complete: "e sempre te amarei". Não é necessário falar que se ama. Acredito mais que quando se nega, se ama verdadeiramente, do que quando fala abertamente. Amar não é constituir e construir castelos de areia, é ter certeza que não vai cruzar a praia sozinho e que mesmo que o mar apague as marcas que ficaram no caminho, você sempre vai ter mais outro par de pés que vão com você, fazer outro caminho.
Por que amor te faz agir como uma criança quando sai escondido da mãe pra tomar banho de chuva na rua. Ou quando come o brigadeiro antes do tempo. É uma adrenalina tão gostosa que te acalma.

Sim, foi precipitação mesmo dizer que teria um 'último post do ano.'

Acréscimos Pt. II

Hoje eu vi o Sol nascer e com ele uma esperança
que morreu antes que ele se colocasse de novo no mesmo lugar.
Minha cabeça tá tão cheia de novas idéias, de novas e velhas idéias
Mas eu preciso achar alguém que esteja disponível a ouvir.
Não, eu não estou pedindo um amor novo
Ou um casinho qualquer.
Só peço alguém que só me deixe falar
E principalmente acredite no que eu falo.

Hoje eu ví que não preciso ser como o Sol
Que aparece pra todos.
Descobri que tenho que esperar que alguém me veja brilhar
Mesmo quando eu estiver cinza.
Ou que talvez eu não precise mais esperar nada.

Pra falar a verdade
Continuo cheia de perguntas, e por isso me ponho a escrever.
Estou quase dormindo em pé, mas as perguntas me despertam.
Como seu eu tivesse tomando
café todo o tempo.

Acréscimos

Eu sei que o post anterior começa com 'Esse é último post do ano e blá blá blá', mas hoje (ou ontem) eu percebi uma coisa que achei seria importante compartilhar, com pelo menos as 5 pessoas que leem isso (que?).

Certo. Tudo começou às 15h de ontem. Todos os meus sentidos me apontavam apenas uma direção, um caminho, uma saída. Eu senti um arrepio na coluna antes de fazer a curva, e me senti assim apenas umas 4 vezes na minha vida. Meu coração devia tá mais ou menos na altura dos meus olhos, e eu sabia que novamente eu iria ser colocada a prova. E fui. Realmente fui. Eu realmente fiquei extasiada com isso, é como se meu corpo me avisasse das possíveis mudanças da minha mente, ou de outros órgãos dentro de mim.

Foi nesse mexe-mexe do material que comecei sentir as mudanças na minha alma. Daí o motivo das arritimias sem fim. Enfim, os meus pensamentos foram cruzando com sentimentos dando origem à novos conceitos. O mais legal disso é que percebo que não me conhecia tão bem como eu pensava. Isso que acontece comigo é como se fosse um pós-morte. Como se eu tivesse visto até o suor descendo da testa do Ceifador e voltado a superfície. A gente começa a conhecer os caminhos e colocar a cabeça no lugar.

Andei vendo, nos 7 minutos restantes, o que eu demorei muito tempo pra perceber. Apesar de não gostar de boa parte delas, sou como uma criança (e acho que herdei isso da minha mãe). Promessas pra mim devem ser cumpridas. E isso não é bom. Por que vivo com humanos, e certos humanos que muitas vezes não olham mais além do que o seu próprio bem-estar.
Vi também que posso ser o que eu quiser ser. Pessoas vão vim e falar que é loucura, que não vai dar certo. Mas entendi que dentro de mim existe a pessoa mais importante do que todas as outras (não, não estou grávida). E eu só preciso fazê-la acreditar que pode dar certo.

Eu ví que realmente estou enlouquecendo, tendo em vista que eu costumo recitar a cena do chá do Alice no País das Maravilhas em inglês, mas não importa. Talvez seja por que eu esteja num novo país. País do auto-conhecimento, e não há mau nenhum em experimentar um chá. Eu consegui ver o bem que a música me faz e como eu estou mais apegada a ela do que a centenas de coisas. Por milhares de vezes eu caí, e apesar de achar que foram pessoas que me salvaram, não posso negar que solos de gaita me fizeram sorrir.

Entre outros 1001 conceitos novos que descobri e que vou testá-los um a um, eu entendi que o me move não é a vontade de ser mais forte que ontem, não é a vontade de agradar meus pais ou quem quer que seja. O que me move a melhorar, a me sentir bem são coisas mais simples do que isso. Acho que é só de poder soprar um dente-de-leite, ou a ansiedade de editar minhas fotos. Acho que é poder desafinar nas minhas músicas favoritas, poder rir só, ficar acorda, postar nesse blog, sonhar que um dia serei famosa, vestir roupas bizarras, não lavar meu all star... enfim.

Comecei a ver a vida dando uma volta ao contrário, estou correndo contra o tempo pra viver tudo que eu preciso. E apesar que meu coração queira sentar e esperar, meu corpo me agita pra eu ver novos lugares.

"Goodbye, Blue Sky"

... E é ao som de Pink Floyd que começo o último post do ano, para a felicidade de alguns e para a ansiedade de outros. Como todo bom último post, vou falar do ano que passou. Não vou fugir do clichê, não dessa vez, por que ano passado eu não fiz e me arrependi. Enfim...


O começo desse ano foi meio conturbado, por que como eu tive um fim de ano lamentável, o ano já começou tenso. Esse ano comecei o fim do Ensino Médio. O 3º ano, o ano das últimas advertências, das últimas bebedeiras na sala, das últimas partidas de truco no fundão, das últimas edições do Jornal Piki... foi tudo por água a baixo, quando me mudaram de sala. Aliás, me mudaram de uma sala para um inferno. Tipo, existe três tipos de pessoas: Os Fodas (\o/), os não-fodas e o pessoal do 3ºD. Minha sorte é que escapava umas 5 pessoas legais, apesar que uma dessas pessoas é a pessoa mais ruim do mundo (Walison), que deu até pra fazer um tumulto. Digo isso, por que na minha segunda semana de aula, todo mundo queria fazer voodoo de mim. Nesse meio tempo, eu roubei um cone, derrubei todos os pneus de uma borracharia, roubei os cabides remanescentes da feirinha aqui, cantei 'Another Brick in The Wall' no sarau para todos os professores, perdi 7 quilos, comecei a virar noites sem dormi.
No meu aniversário... Bem, meu aniversário mesmo foi uma desgraça. Mas no dia seguinte, eu e minhas amigas abrimos um negócio próprio e enriquecemos -não.Ganhei uma festa de aniversário surpresa das pessoas que mais amo e ganhei o Almanaque do Rock do meu Brother Dani.
Viajei. Fui pra Caldas Novas e tentei afogar o cachorro da minha mãe. Mas não deu certo. Eu com 17 anos não sei nadar e o cachorrinho mal entrou na água e saiu nadando (fuuuuuu). Mas foi muito bom, os poucos momentos que tive lá de total encontro comigo mesma. Voltei de lá decida: Vou mudar.
Mudei, mudei de turno. Fui pro vespertino, pra uma sala que todos me conheciam e eu não conhecia quase ninguém. E os poucos que eu conhecia, fizeram questão de não falar comigo. Mas tudo bem. Me adequei melhor nessa turma do que no 'inferno'. Aí que minha cabeça pirou de vez. Com duas semanas eu já tinha 2 advertências. Enquanto isso, eu subi no morro mais alto que tem por aqui umas 3 vezes na mesma noite, matei aula pra fazer curso, tive crise de asma no meio da rua, juro que acordava e morria algumas vezes, me apresentei na praça, num bar, fiz a cobertura de um evento, subi no morro de novo, baixei uns 50 filmes e perdi quase todos, tive uma época de hiperescrita, tive um SUPERMEGAUBER-treco na escola que chamaram a SAMU (só pra clarear as idéias do povo, ninguém fez respiração boca a boca em mim ok). Excluí meu fotolog, refiz meu fotolog, fiz promessas.
Meus pais me deserdaram, minha mãe não quer ser minha mãe e parece às vezes que moro de favor na minha própria casa. Minha mãe saiu de casa e voltou. Meu pai ia sair e voltou também. Eu tirei os cd's da parede do meu quarto e coloquei alguns no lugar. Não fiquei bêbada nenhuma vez. EU ESTOU LIVRE \o/. Eu reativei meu msn, passei por 2 bandas. Conheci algumas novas pessoas e centenas de pessoas me conheceram. Lí 7 livros (pouco né?), montei uma peça em 1 noite, apresentei 'Os Improváveis' na escola, chamei um professor semi-neonazista de negão e sobrevivi. Cortei os cabelos umas 20 vezes, passei no vestibular, dormi no ENEM, tomei banho na chuva diversas vezes, chorei muitomuito, comprei um coturno, vendi metade das minhas roupas (Brechó Lai & Anne Corporation-q), gritei pra caramba dentro de um IURD, voltei pra casa umas 4 da manhã e ninguém sabe hahahaha, assisti o mesmo filme umas 10 vezes, entendi muita coisa que eu deveria ter entendido antes. Acho que os hidrantes já devem até saber quando eu chego perto, andei mais do que minhas pernas aguentavam e andei de mototaxi.
Cresci uns 4cm. Encurtei minha paciência, criei novos conceitos. Discuti com algumas pessoas. Repensei a história de morrer cedo e de não se casar. Ainda continuo completamente apaixonada por V8, mas acho que vou comprar um fusca.

Acho que é isso, são muitos dias pra eu me lembrar em 20 minutos. Mas ta aí coisas que me marcaram o suficiente pra eu lembrar. E pra 2010, a única coisa que eu espero é que eu esteja viva, pra fazer coisas melhores do que eu fiz esses anos.

Beijos e até 1º de janeiro :)

O mundo é bom Sebastião!

Alguma coisa me diz que tudo vai ficar bem. Não dá pra prever como vai ser, ou quando as coisas estarão definitivamente bem, mas eu sinto que tudo vai dar certo.
E se eu reprovar de ano, e se não tiver mais onde morar, se eu tiver que vender minhas coisas pra comer, se eu adoecer, se eu não comprar meu carro, se eu comprar o carro e não tiver carteira de habilitação... qualquer coisa. Eu sinto ainda que tudo vai ficar bem.
Não por que tudo está bem, mas por que eu sei que posso arrumar as coisas, não do meu jeito, mas do jeito que traga paz a todos.

Saia dessa bolha



Nos últimos dias, eu tenho me sentido tão presa, que o máximo de aventura que eu tenho é baixar um filme pirata ou ficar acordada por 29 horas seguidas. Eu passei 2 anos presa por algemas e arames farpados, e agora que eu estou livre, o que me resta é curar as feridas que ficaram.
Mas isso não quer dizer que eu tenha que ficar dentro de uma bolha até que tudo se cure. Por mais que o meu orgulho tenha sido ferido, eu preciso correr atrás de medicamento, por que o mundo não vai parar pra esperar que eu conserte tudo.
Enquanto isso, eu estarei por aí, andando enquanto bagunço meu cabelo, cantando músicas que só eu conheço, rindo das coisas que eu passei, chorando pelas coisas que eu passei, esperando encontrar por aí, o que eu nunca deveria ter perdido.

18014



Eu sempre tentei chamar a atenção dele
Mostrar que eu poderia ser o seu orgulho
Que eu estaria com ele independente de tudo
Até a velhice, até a morte

Eu comecei a ser como ele
Ter as manias dele, os gostos dele
Ouvir suas músicas e ter seus vícios

Mas ele se distanciou
Ele nem me reconheceria na rua
Ele disse: "Acabou, o que sinto por você acabou"

Ele foi sim, meu primeiro amor
O homem da minha vida

Eu sinto que eu poderia ver o mundo cair
Mas tudo estaria bem, se ele estivesse comigo
Eu queria que ele soubesse
Que as palavras dele dói ainda
Não pelo teor delas, mas por terem vindo dele

E quando ele começa a tocar do nada
A música antiga que ele tocava
E que eu ouço hoje
Me sinto em total harmonia com o mundo

E depois de meses
Ele me chamou pelo nome
Que eu sempre gostei de ouvir
Meu amor antigo, eterno.
Meu pai.

Acho...

... Que nunca teve muito a ver com força. O problema é que ela nunca quis ser dependente. Ela foi o tipo de garota, que sempre quis fazer as coisas por si mesma. Ela nunca quis que as pessoas se preocupassem com ela.
Quando ela foi costurar o dedo, a anestesia falhou, mas ela continuou, só pra não atrapalhar o médico. Ela teve dores de cabeças durante noites seguidas, chorou durante noites seguidas e sempre dizia que estava tudo bem.
Ela esconde um segredo de alguns, dos que ela mais gosta, desde os 14. Só pra não preocupar. Sinto raiva disso. Recentemente, ela tem me falado que não quer mais ser assim, que mostrar o que sente, ao invés de escrever. Mas quando é pra mostrar, ela esquiva, desfaz a cara de inocente, diz 'não' querendo dizer 'sim' e diz 'sim' querendo dizer 'não'.
Ela também parece estar vendada. Ela não ver o futuro brilhante que ela tem. Ela não ver que a saída mais fácil está na frente dela. Ela não ver que não precisa ser tão difícil.